quarta-feira, 10 de março de 2010

Resumos de História

O que é o Antigo Regime?
O Antigo Regime é o período da história da Europa situado entre os séculos XVI e XVIII e que se caracterizou:
A nível político, pelo absolutismo régio (poder absoluto do rei);
A nível económico pelo predomínio da agricultura e pela expansão do capitalismo comercial;
A nível social, por uma sociedade hierarquizada com grandes diferenças, organizada em três ordens (clero, nobreza e povo);
A nível artístico, pelo estilo barroco, exceptuando Inglaterra e Holanda, que não se enquadravam nesta definição.

Qual o sector que, no Antigo Regime, tinha mais peso na economia?
O sector que, no Antigo Regime, tinha mais peso na economia era a agricultura, que ocupava entre 85% e 95% da população total, dependendo do país.

Porque é que no Antigo Regime era preciso muita mão-de-obra?
No Antigo Regime o recurso a técnicas e instrumentos ainda muito rudimentares exigia uma mão-de-obra muito elevada.

Porque é que os camponeses não podiam investir em novas técnicas e instrumentos agrícolas?
Os camponeses não podiam investir em novas técnicas e instrumentos agrícolas devido ao facto de estarem constantemente sobrecarregados de rendas e encargos que lhes eram impostos pelos nobres e pelo alto clero, ou até mesmo o rei.

Qual a actividade económica mais lucrativa no Antigo Regime?
A actividade económica mais lucrativa na época do Antigo Regime era o comércio, exercido pelos burgueses (apenas uma minoria destes beneficiava do comércio) e nobres que procuravam aumentar a fortuna, investindo os seus capitais em negócios arriscados.

Qual era, nessa altura, o tráfego mais rendível para Portugal?
O tráfego mais rendível para Portugal era o colonial, com a viragem para o Brasil, o açúcar e o tabaco eram os produtos mais exportados pelos portugueses.

Em que girava a economia portuguesa?A economia portuguesa girava em torno da venda dos produtos coloniais (açúcar e tabaco) na Europa. Em Portugal apenas alguns produtos como o sal, o vinho, o azeite e as frutas conseguiam concorrer com os produtos coloniais.

Qual era o grande objectivo da política mercantilista?
O grande objectivo da política Mercantilista era equilibrar a balança comercial, aumentando as exportações e diminuindo as importações, ficando esta positiva.

Que medidas foram tomadas por Colbert para atingir esse objectivo?
Em França, Colbert, ministro de Luís XIV, adoptou a política mercantilista, tomando um conjunto de medidas proteccionistas que pretendiam fomentar a industrialização do seu país e o seu respectivo desenvolvimento comercial:
A multiplicação das manufacturas, sobretudo as têxteis, às quais concedeu subsídios, isenções fiscais, monopólios de fabrico de certos artigos e facilidades na importação de matérias-primas;
O desenvolvimento das companhias comerciais, protegidas também por monopólios e subsídios do Estado.

Quais as razões que levaram Portugal a aderir ao mercantilismo?
As razões que levaram Portugal a aderir ao mercantilismo foram:
A grave crise económica com que Portugal se deparou, em 1670 (os preços do açúcar e tabaco caíram abruptamente como resultado da concorrência inglesa, holandesa e francesa. Também o comércio do sal e do vinho foi afectado, mas desta vez pela concorrência espanhola e francesa;
A balança comercial negativa de Portugal.

O que é que Portugal teve de fazer para contrariar a balança comercial negativa?
Portugal viu-se obrigado a adoptar as medidas mercantilistas do ministro francês Colbert, de forma a reduzir as importações de produtos estrangeiros e desenvolver a industrialização do país.

Quais foram as medidas empreendidas pelo conde da Ericeira para resolver a crise comercial?
A partir de 1675, o conde da Ericeira, vedor da Fazenda do rei D. Pedro II, empreendeu um conjunto de medidas mercantilistas com o intuito de impedir a saída de metais preciosos no País e reequilibrar a balança comercial. Entre estas (medidas) destacam-se:
A criação de manufacturas nos sectores dos lanifícios, sedas, chapéus, vidro e ferro, em regiões do país onde já existia tradição neste tipo de indústria;
A importação de equipamentos e técnicos estrangeiros com vista a melhorar o processo de produção e a qualidade dos artigos;
A concessão de subsídios, benefícios fiscais e monopólios de fabrico às manufacturas;
A aprovação de leis pragmáticas que proibiam o uso de artigos de luxo (como panos, louças e vidros de origem estrangeira).

Como ocorreu o fracasso do mercantilismo em Portugal?
Apesar dos esforços do conde da Ericeira, a industrialização de Portugal veio a ficar, em grande parte, comprometida. Essa situação deveu-se, fundamentalmente, a dois factores:
A descoberta de minas de ouro e diamantes no Brasil em finais do século XVIII, facilitou o pagamento das importações. As importações cresceram significativamente, sobretudo de Inglaterra, mas também de França e Itália, regiões mercantilistas às quais interessava o precioso metal;
O Tratado de Methuen (1703) consagrou a aliança comercial entre Inglaterra e Portugal que já se vinha operando desde o século XVII. Ao interesse inglês ao aceder ao ouro do Brasil e em conservar o mercado português aberto aos seus lanifícios aliou-se a vontade do governo português, que integrava alguns nobres viticultores, de conquistar, definitivamente, um lugar de destaque para os seus vinhos no mercado britânico.

Como estava organizada a sociedade no Antigo Regime?
A sociedade do Antigo Regime era estratificada e hierarquizada, constituindo-se por três ordens sociais: clero, nobreza e povo (terceiro estado). Estas ordens ocupavam lugares distintos na hierarquia social. O clero e a nobreza encontravam-se no topo, constituindo as ordens privilegiadas. Gozavam de maior prestígio social e de importantes regalias, definidas por lei.

Qual era a função de cada ordem?
Cada ordem social tinha uma função:
O clero administrava-se por leis próprias, estava isento do pagamento de impostos e da prestação de serviço militar, gozava de direito de asilo e de formas de tratamento especial e recebia a dízima de todos os fiéis do reino;
A nobreza definia-se, sobretudo, pelo nascimento, transmitindo hereditariamente os seus privilégios. Tinha acesso exclusivo aos altos cargos políticos, militares e eclesiásticos e estava isenta do pagamento da maioria dos impostos, usufruindo de penas judiciais mais leves e de formas de tratamento especial;
O povo era composto por vários grupos que se distinguiam pela profissão exercida e pelo nível de riqueza e cultura (a burguesia, os artesãos, os camponeses e os mendigos, pelo nível de riqueza – do mais para o menos rico, respectivamente).

Que parte das terras era exclusiva das ordens privilegiadas?
Cerca de 2/3 das terras eram exclusivas das ordens privilegiadas, onde estas exerciam os direitos senhoriais.

Quais as características principais das monarquias absolutas?
As características principais das monarquias absolutas eram:
O rei tinha o poder absoluto do reino, ou seja a centralizava todos os poderes nas suas mãos: o poder legislativo, executivo e judicial;
O rei tinha o poder divino, ou seja, o rei tinha recebido o poder de Deus e era seu representante na Terra;
Os reis absolutos recorriam ao Direito romano e ao apoio da burguesia, para fortalecer o seu poder e limitar o das ordens privilegiadas (clero e nobreza).

A que meios recorreram os reis portugueses para fortalecer o seu poder?
Os meios a que os reis portugueses recorreram para fortalecer o seu poder foram:
A extracção de ouro e diamantes no Brasil permitiu ao rei D. João V reforçar o seu poder e projectar uma imagem de grandeza e esplendor;
Ainda D. João V: organizou grandiosas festas e banquetes e mandou construir obras monumentais, como o Convento-Palácio de Mafra, e apoiou as artes e a literatura.

Qual era o contexto social, económico e político de Portugal quando o Marquês de Pombal foi nomeado pelo rei D. José como seu secretário de Estado?
Na altura da nomeação do Marquês de Pombal, socialmente, os grupos privilegiados tinham “demasiado” poder, fazendo já frente ao rei. Economicamente, assistiu-se a uma diminuição das remessas de ouro do Brasil e à queda dos lucros do açúcar, do tabaco e do vinho, provocando assim uma crise comercial. Politicamente, o Estado e a autoridade do monarca estavam enfraquecidos (isto nos últimos anos de reinado de D. João V).


Quais as medidas tomadas pelo Marquês de Pombal para reforçar o poder do Estado?
As medidas tomadas pelo Marquês de Pombal (Sebastião José de Carvalho e Melo) para reforçar o poder do Estado foram as seguintes:
Combateu o poder e os privilégios do clero e da alta nobreza, com a expulsão dos Jesuítas do reino e a condenação à morte da maior parte dos membros da família dos Távoras, acusados de envolvimento num atentado contra o rei D. José, tendo os seus bens revertido a favor do Estado.
Criou organismos públicos de forma a controlar eficazmente a administração e a actividade comercial e industrial.

Qual o significado de “despotismo esclarecido”?
“Despotismo esclarecido” é uma forma de governar em que o seu objectivo é, através de um poder político absoluto, responder às exigências da vida económica e política, tendo em vista o bem-estar do povo.

Qual era a situação económica de Portugal que levou o Marquês de Pombal a adoptar a política Mercantilista?
Portugal vivia uma grande crise económica, agravando-se ainda em 1760, sobretudo à baixa produção de ouro do brasileiro e de outros artigos coloniais, intensificando-se o contrabando. A economia portuguesa estava cada vez mais dependente de Inglaterra. A produção e venda de certos produtos nacionais (como o vinho do Porto) estava nas mãos dos ingleses, entretanto instalados em Portugal. Ora, pode-se concluir que a balança comercial lusa tinha saldo negativo. Então, para reequilibrar a balança comercial, Marquês de Pombal adoptou a política mercantilista.

Quais as medidas tomadas pelo Marquês de Pombal para resolver a crise comercial de Portugal?
O Marquês de Pombal, para resolver a crise comercial de Portugal, implementou em conjunto de medidas:
Criação de companhias monopolistas para controlar a produção e comercialização de certos produtos, como a Companhia da Agricultura das Vinhas do Alto Douro. Pombal procurou atrair os capitais da nobreza e da burguesia, concedendo privilégios e títulos nobiliárquicos a quem investisse nas companhias, com o objectivo de tornar a nobreza produtiva e criar uma grande burguesia mercantil, capaz de se afirmar tanto a nível nacional como a internacional;
O fomento das manufacturas, com a criação de novas fábricas (de lanifícios, sedas e vidros).

Que grupo social foi promovido pelo Marquês de Pombal?
O grupo social promovido pelo Marquês de Pombal foi a burguesia.

Em que medida a Lisboa Pombalina reflecte o modelo de sociedade e de Estado pretendidos por Pombal?
Os edifícios de fachadas simples, iguais, sem sinais de diferenças sociais com intenção de submeter e igualar os grupos sociais à autoridade do rei.


Atenção! Neste resumo só se apresenta a matéria da unidade F2!


Boa Sorte!!!
Gil Gomes, nº8



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